Um dia...

 Eu viajo em meus pensamentos, me perco no abismo da minha alma, me arrisco no caminho das minhas ilusões, descubro o inusitado mundo das incertezas, banho-me no lago do medo, corro atrás das borboletas do meu destino, me escondo entre as pedras da vergonha, abraço o meu sonho. Ouço a música trilha sonora do meu passado, pelo qual eu me recordo até desanimar, e me escoro na árvore da preguiça, sorrateramente venho a cochilar...
  Me vejo grande e a crescer, me vejo pequena, menina moleca a amadurecer; me perco por um segundo, volto a me encontrar, ainda maior, mas distante. Minha beleza vira retrato, meus passos assinaturas, na estrada da solidão...onde caminham um minhão...Me teletransporto para perto do inconsciente do meu ser, novamente torno a crescer, de repente ouço o grito do futuro a me chamar e do passado a me condenar: -Venha já.-Pare onde está!!-sem saber o que fazer fecho os olhos para não ver a nave das horas passar, e a me perguntar: -Para onde vai?- e antes que abra os olhos para dizer, desaparece em um milenésimo segundos me deixando a ver navios, no mar de meus desconhecidos sentimentos. Olho as ondas que me convidam para a mesma desfrutar, e me desnumbro a chorar, assim como as lágrimas as águas salgadas do mar...